Investimento na campanha à prefeitura supera
R$ 700 mil em Guarapuava
Em Guarapuava, apenas três, das cinco chapas que disputam as majoritárias, entregaram o relatório

A maior parcela dos recursos custeou materiais impressos
e placas de propaganda, conforme prestação de contas (Foto: Scheyla
Horst/Diário)
Os candidatos a prefeito de Guarapuava já gastaram mais de R$ 700 mil
em propaganda política. Os números constam na segunda prestação de
contas parcial divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na
quinta-feira, 6. Foram consideradas receitas e despesas realizadas entre
3 de agosto e 2 de setembro.
Os documentos estão disponíveis na página do TSE na internet, no link
prestação de contas eleitorais. É possível pesquisar tanto os dados
informados pelos candidatos a prefeitos, quanto pelos aspirantes a
vereador. Essa é a última parcial apresentada à justiça eleitoral. A
próxima prestação de contas será divulgada após as eleições.
Em Guarapuava, apenas três, das cinco chapas que disputam as
majoritárias, entregaram o relatório. O banco de dados do TSE não
encontra registros em nome de Jauri Gomes (PSC) e Ricardo Borelli (PTN).
A inexistência das informações indica que ou os candidatos não
prestaram contas ou não possuíam receitas e despesas a declarar. Os
demais candidatos a prefeito investiram juntos R$ 712.204,35.
PPS
O prefeiturável com maior arrecadação, até o início de setembro, é
Cesar Silvestri Filho (PPS). No último mês, a chapa recebeu R$ 552,6 mil
em doações. Parte da cifra é estimável em dinheiro, ou seja, foram
cedidos bens ou prestados serviços à campanha. Mas a maior parcela de
recursos corresponde a transferências financeiras, totalizando R$ 515
mil.
Desse valor, R$ 450 mil partiram do diretório estadual do PPS. Outros
R$ 15 mil são provenientes do escritório local. Os R$ 50 mil restantes
foram doados pela indústria de painéis e serrados Berneck, localizada em
Araucária, região metropolitana de Curitiba. Cesar Filho também recebeu
recursos de seu pai, Cézar Silvestri, e de seu tio Celso Silvestri.
Três empresas guarapuavanas também contribuíram com a campanha do PPS: a
TransBig Transportes, a Agropecurária Guairacá e a indústria madeireira
Guaratu.
O relatório de despesas de Cesar Filho indica que R$ 545,8 mil já foram
gastos. Quase metade do valor – R$ 259,6 mil – custeou publicidade por
material impresso, placas, faixas, bandeiras e carros de som. Os
programas eleitorais para o rádio e para a televisão também consumiram
parte significativa da cifra: R$ 155,9 mil.
PT
Na primeira prestação de contas de Antenor Gomes de Lima (PT), o comitê
não havia informado movimentação financeira alguma. Na segunda parcial,
as receitas apontadas equivalem a R$ 130 mil, ocupando a segunda
colocação em valor arrecadado até o momento.
Dos R$ 130 mil, R$ 100 mil foram doados pelo diretório estadual do PT. O
restante provém da empresa Arosuco – Aromas e Sucos Ltda, com sede em
Manaus, Amazonas. Apesar de ter os recursos em caixa, a chapa encabeçada
por Antenor segurou os gastos. Conforme o relatório, a coligação
investiu somente R$ 55,9 mil em propaganda.
Os materiais impressos utilizados para publicidade consumiram a maior
parcela: R$ 22 mil. Menos de R$ 500 reais foram usados para custear
comícios, sendo que Antenor Gomes de Lima foi o único a informar a
realização de tais eventos em sua prestação de contas. Para produzir os
programas eleitorais, tanto para o rádio quanto para a televisão, o PT
dispensou R$ 33,5 mil.
PP
O candidato a prefeito Fabio Ribas (PP) aparece em terceiro no ranking
de investimentos, pois detém a menor arrecadação dentre os três. Até 2
de setembro a coligação angariou R$ 80,1 mil. O principal investidor de
Fabio Ribas é o próprio primo e atual prefeito de Guarapuava, Luiz
Fernando Ribas Carli. Segundo o relatório, R$ 57,7 mil foram
transferidos das empresas de Carli para o comitê de campanha.
A empresa de advocacia registrada em nome do candidato também
transferiu recursos. A conta final do PP, entretanto, está negativa. A
chapa já investiu R$ 110,4 mil em propaganda e arrecadou 27,4% menos.
Assim como os outros dois concorrentes, Fabio Ribas gastou a maior parte
dos recursos em publicidade por material impresso, placas, faixas,
bandeiras e carros de som, somando R$ 54,5 mil.
Em segundo lugar na lista de débitos aparecem os serviços de produção
de áudio e vídeo, totalizando R$ 24 mil. A cifra deu origem aos
programas de rádio e televisão da coligação. O restante do dinheiro foi
usado no pagamento das despesas do comitê – como água, luz, telefone e
aluguel – dos agentes de campanha e de combustível. Não foram informados
gastos com locação de veículos.
Fonte diario de Guarapuava - Diario Agora
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